Aonde estão teus sobrados
De longos telhados
E os teus lampiões
E os moços da Academia
Na noite tão fria
Cantando canções
E sinhazinha delgada
Pisando a calçada na noite vazia
O tempo tudo mudou
Mas não apagou a tua poesia
Não mudou, não se acabou
A tua sedução
A garoa cai à tôa
Pra guardar a tradição
São Paulo num só minuto
É o Braz, Tietê, Viadutos
Barracas de flores
E a multidão
Os pardais em madrigais
E o sol rasgando a serração
E a noite com seus pintores
Apagando e acendendo em cores
Teu nome no meu coração